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Otite! E agora? O primeiro passo é procurar um especialista.

  • Foto do escritor: Andrea Cury
    Andrea Cury
  • 18 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

As otites são infecções que ocorrem nos ouvidos. O ouvido é o órgão responsável por captar e enviar os sons através de suas estruturas até o nervo auditivo. Ele é dividido em: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.


A vilã do verão é a otite externa. Esta patologia acomete a região revestida por pele que vai desde o pavilhão auricular até a membrana timpânica. As causas mais comuns são as infecções por bactérias ou fungos. Na maior parte das vezes, esses micro-organismos penetram através de lesões na pele provocadas por objetos como cotonete e grampos, por atritos ao coçar ou secar o ouvido e pelo contato com água contaminada do mar, piscina ou banho.


A remoção frequente da cera, que serve de proteção para o canal auditivo é um

fator que pode levar à otite externa, portanto nunca faça uso de qualquer material

para tentar remover a cera do seu ouvido. Cerume não é sujeira é proteção.


Os sintomas das otites externas podem variar de simples coceira até dor intensa com diminuição da audição por obstrução do canal auditivo, que pode ficar muito inchado dependendo do grau da inflamação. Algumas vezes pode ter secreção.


O diagnóstico é feito através das queixas e do exame físico realizado pelo otorrinolaringologista. Para que o tratamento tenha sucesso, além do uso de gotas

tópicas de antibiótico ou antifúngico, é fundamental que seja feita uma limpeza

adequada das secreções encontradas no ouvido. Esta limpeza deve ser feita com

cuidado e por profissional especializado. Nunca pingue nada nos ouvidos sem orientação médica. Outro cuidado imprescindível no tratamento das otites externas é evitar o contato com a água. Seu otorrinolaringologista irá orientar como proteger os ouvidos da água durante o tratamento. Siga à risca esta orientação.


A vilã do inverno é a Otite Média Aguda (OMA). A otite média aguda é caracterizada por infecção ou inflamação da orelha média. Afeta o indivíduo em qualquer faixa etária, sendo uma das doenças infecciosas mais prevalentes durante a infância. As causas podem ser virais ou bacterianas. As infecções virais geralmente acompanham quadros de gripe ou resfriado, por isso as otites tendem a ser mais frequentes no período do inverno.


A otite média aguda recorrente é definida como três ou mais episódios de OMA em 6 meses ou 4 ou mais episódios de OMA em 1 ano. Estima-se que de 9 a 18% das crianças terão três ou mais infecções de repetição no primeiro ano de vida. Nestes casos, devemos pesquisar e tratar possíveis causas como a hipertrofia de adenóides, quadros alérgicos nasais, sinusites, baixa imunidade, fatores ambientais e tratamento inadequado.


A OMA geralmente se apresenta com dor de ouvido, sensação de ouvido tapado, diminuição da audição e febre. Em alguns casos pode ocorrer tontura e zumbido e, se houver rompimento da membrana timpânica, também haverá presença de secreção. Em bebês pequenos podemos observar irritabilidade, crises de choro, febre e diminuição da alimentação.


O diagnóstico é feito pelo médico, observando uma membrana timpânica vermelha e inchada, às vezes perfurada, juntamente com a história dos sintomas típicos. O tratamento pode variar de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, passando pelo uso de antibióticos, até tratamento cirúrgico, dependendo da causa, da idade do paciente e da presença ou não de complicações.


Atualmente as otites médias agudas tendem a ter boa resposta ao tratamento

medicamentoso, mas, em alguns casos, podem evoluir para complicações como

mastoidites, paralisia facial, meningite, abscessos cerebrais entre outras. Portanto,

se os sintomas não estiverem melhorando ou se houver sinais de piora procure seu

otorrinolaringologista o quanto antes para uma reavaliação.





 
 
 

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