Eu sempre tenho que tomar antibiótico para rinossinusite?

Ficou na dúvida?! Para responder essa pergunta primeiro temos que ter alguns conceitos claros.

A etiologia mais frequente da rinossinusite é viral, sendo, assim, associada ao

resfriado comum e com resolução entre 7 e 10 dias. Os sintomas são: dor de

cabeça, nariz tampado, tosse, febre baixa, dor de garganta, dores musculares.

As rinossinusites virais podem evoluir para uma infecção bacteriana em apenas

0,5 a 2% dos casos. A rinossinusite bacteriana ocorre, pela persistência dos

sintomas por mais de 10 dias, com a presença de dor intensa ou pressão em face

ou em arcada dentária, febre alta (> 38 ° C), obstrução ou congestão nasal,

diminuição do olfato, sensação de pressão em ouvidos e fadiga.

Classicamente coriza clara e aquosa acontece nos processos virais e à medida que

a coriza vai se tornando mucopurulenta ou purulenta (amarelo esverdeada)

pensa-se em processo bacteriano. Na prática isso nem sempre é verdadeiro pois a

secreção purulenta também ocorre em infeções virais.

O diagnóstico de rinossinusite é clínico, baseado em sinais e sintomas. Um exame

físico otorrinolaringológico completo, incluindo cabeça e pescoço, com ênfase na

cavidade nasal, deve ser realizado. A endoscopia nasal, rígida ou flexível,

também pode auxiliar no diagnóstico e visa a procura de alterações anatômicas,

mudança de coloração de mucosas, deformidades septais, tumorações e outras

doenças da rinofaringe.

O tratamento da rinossinusite tem o objetivo de controlar a infecção, diminuir

do tempo de evolução da doença e prevenir complicações. Como a rinossinusite

viral é autolimitada, a terapia consiste no alívio dos sintomas. Já a rinossinusite

bacteriana, deve ser tratada com sintomáticos e com antibióticos.

Seja infecção viral ou bacteriana, a lavagem nasal com soluções de soro

fisiológico sem conservante é fundamental e promove alívio dos sintomas.

Fique de olho e não use antibiótico à toa! Procure um otorrinolaringologista.